A notícia é do G1. Título alterado por nós.

A Mesa Diretora da Câmara pediu na noite de quarta-feira (30) a suspensão cautelar do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por supostas ofensas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O pedido da direção da Casa terá de ser analisado pelo Conselho de Ética em até três dias úteis. Caso o órgão não se manifeste, a decisão caberá ao plenário principal da Câmara.

A Mesa Diretora defende que o parlamentar tenha o mandato suspenso, de forma cautelar, por seis meses.
E que o Conselho de Ética abra um processo para apurar a conduta do deputado, que, segundo a Mesa, se enquadra nas hipóteses que podem levar à cassação do mandato.

A representação da Mesa foi protocolada após manifestação da Corregedoria Parlamentar da Casa. É a primeira vez que a direção da Câmara usa uma prerrogativa criada na gestão de Arthur Lira (PP-AL) para acelerar a punição de deputados.

De ofício, a Corregedoria comunicou à direção da Câmara que menções feitas por Gilvan da Federal à Gleisi não se “amoldariam ao padrão de comportamento esperado de representantes do povo”.

Em uma audiência da Comissão de Segurança Pública, no último dia 29, Gilvan fez referência a uma lista de apelidos para registrar supostos repasses irregulares da Odebrecht a políticos.

Ele cita os nomes “Lindinho”, dado ao líder do PT na Câmara e companheiro de Gleisi, Lindbergh Farias (RJ), e “Amante”, que, segundo as investigações, era usado para se referir à atual ministra de Lula. Gilvan prossegue e diz que a pessoa apelidada de “Amante” deveria ser “uma prostituta do caramba”.

O documento enviado pela Mesa ao Conselho de Ética avalia que Gilvan da Federal cometeu “flagrante abuso de suas prerrogativas constitucionais”.

Assinada pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e por mais quatro membros da direção da Casa, a representação também afirma que o parlamentar que “fez insinuações abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” à Gleisi.

“As falas excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares, além de, repise-se, ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus membros e de outras autoridades públicas”, diz o documento.

Gilvan se envolveu em outra polêmica recentemente na Câmara. Relator de um projeto que pretende desarmar a segurança pessoal de Lula, o deputado disse que queria que o presidente morresse.

Com a repercussão e a investida da Advocacia Geral da União (AGU), ele precisou pedir desculpas.

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