VEJA – Fundado em 2016, o Instituto Assistencial Atitude se apresenta como uma organização sem fins lucrativos que presta serviços sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro. Sediado na Barra da Tijuca, a entidade oferece atendimento psicológico, opções de lazer e ensino gratuito para crianças pobres, além de distribuir refeições e acolher dependentes químicos.

Em seu site, o instituto informa já ter atendido quase 400.000 pessoas e garantido alimentação a outras 410.000, graças às doações que recebe, em especial através de parcerias com empresas privadas.

A entidade é presidida por Josué Valandro de Oliveira Junior, pastor da mesma igreja frequentada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e também recebe apoio financeiro de deputados federais.

Pelo menos dois congressistas próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro destinaram recursos de emendas parlamentares para o Instituto Assistencial Atitude. Um deles foi Alexandre Ramagem (PL-RJ), réu no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Em maio do ano passado, Ramagem, que chefiou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, destinou quase 500.000 reais para a entidade comandada pelo pastor.

De acordo com o Portal da Transparência, o dinheiro será investido no desenvolvimento de múltiplas atividades, como apoio a programas de esporte, educação, lazer e inclusão social.

Outro aliado de Jair Bolsonaro que enviou verbas do Orçamento para a entidade foi o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ). Em junho de 2024, o parlamentar indicou 700.000 reais em emendas para o instituto. Segundo o Portal da Transparência, a verba será aplicada no programa que oferece creche gratuita para filhos de famílias carentes do Rio de Janeiro.

Com mais de 700.000 seguidores nas redes sociais, Josué Valandro é pastor da Igreja Batista Atitude. A VEJA procurou os deputados, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Em nota, a assessoria de imprensa do instituto comunicou que os recursos são utilizados para ajudar as crianças carentes atendidas pela entidade.“Todo nosso trabalho está debaixo de tudo que é legítimo e legal no aspecto da moralidade e das leis do nosso País”, diz o texto.

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