Do Agora RN – O comediante Léo Lins voltou a se envolver em uma polêmica envolvendo pessoas com deficiência. Durante um show de stand-up, ele atacou o influenciador potiguar e militante da inclusão Ivan Baron, que tem paralisia cerebral.

No show, o humorista comentava uma ação judicial em que será julgado por falas preconceituosas contra pessoas com deficiência quando atacou Ivan Baron, imitando uma pessoa com deficiência. Além disso, fez comentários preconceituosos contra a subida da rampa durante a posse do presidente Lula (PT), que contou com uma representação do povo brasileiro. Ivan Baron estava na cerimônia.

“Um tempo atrás veio um processo grande que eu tô passando, que quem foi responsável por isso foi um militante lá, que foi o que subiu a rampa com o Lula. [imita jocosamente uma pessoa com paralisia cerebral]”, disse Lins. “Quando o Lula tomou posse e botou os power ranger, subiu o azul, o vermelho, o azul e o rosa, o índio, o cachorro. E aí ele que me fez a denúncia”, continuou o suposto comediante.

Ivan Baron compartilhou o vídeo nas redes sociais e afirmou que vai processar o humorista. Disse, também, que registrou um boletim de ocorrência por injúria. “Infelizmente preciso vir aqui nas redes sociais expor mais um ataque CAPACITISTA que eu sofri de autoria do Léo Lins. Chegou até a mim um vídeo em que o humorista durante o seu show de standup se refere a minha pessoa de maneira extremamente ofensiva”, afirmou o influenciador.

“Até quando quem não pertence a um padrão de linguagem e expressão terá que sofrer refém desse tipo de violência? Nós pessoas com deficiência queremos ser livres, parar de temer por sermos diferentes!”, completou Baron.

No mesmo show, Lins também faz piadas ofensivas com pessoas com hidrocefalia, autismo e esquizofrenia. “Esses atos são criminosos e não podem mais ser tolerados nos tempos em que vivemos, principalmente quando nos propomos a lutar por uma sociedade mais inclusiva e aberta para diversidade”, disse Ivan nas redes sociais.

“Assistindo ao conteúdo foi impossível não sofrer, relembrando vários gatilhos que precisei passar durante todo o processo de aceitação da minha deficiência e me senti, mais uma vez, humilhado”, afirmou Ivan.

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