Leonardo Lucena/ Brasil 247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta terça-feira (17), em evento do G7, no Canadá, a importância dos investimentos em segurança energética em nível global. “É impossível discutir a transição energética sem falar deles e sem incluir o Brasil. Mas o mundo resiste em aceitar que a diversificação é chave para a segurança energética”, disse Lula.

“O Brasil não vai se tornar palco de corridas predatórias e práticas excludentes. Países em desenvolvimento precisam participar de todas as etapas das cadeias globais de minerais estratégicos, incluindo seu beneficiamento. Essa foi nossa posição no G20 e tem sido nossa tônica no Brics”.

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Em seu discurso, Lula afirmou que “o G7 nasceu em reação às crises do petróleo”. “Os choques dos anos setenta mostraram que a dependência de combustíveis fósseis condena o planeta a um futuro incerto. O Brasil foi o primeiro país a investir em larga escala em alternativas renováveis. 90% de nossa matriz elétrica provém de fontes limpas. Somos hoje o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis. Fomos pioneiros no desenvolvimento de motores flexíveis”, continuou.

“Nossa gasolina tem 30% de etanol em sua composição e nosso diesel conta com 15% de biodiesel. Veículos híbridos, que combinam combustão e eletricidade, já são uma realidade na nossa indústria automobilística”.

De acordo com o presidente, o Brasil está “na vanguarda da produção do hidrogênio verde e do combustível sustentável de aviação”. “A expansão de parques eólicos e solares e a descarbonização do setor de transportes e da agricultura dependem de minerais estratégicos. Contamos com a maior reserva mundial de nióbio, a segunda de níquel, grafita e terras raras e a terceira de manganês e bauxita. Mas não repetiremos os erros do passado”, afirmou.

No Canadá, Lula pontuou que, “durante séculos, a exploração mineral gerou riqueza para poucos e deixou rastros de destruição e miséria para muitos”. “Ela não deve ameaçar biomas como a Amazônia e os fundos marinhos. Essa foi a mensagem que levamos à Cúpula dos Oceanos em Nice, na semana passada. Parcerias devem se basear em benefícios mútuos, não em disputas geopolíticas. Se a rivalidade prevalecer sobre a cooperação, não existirá segurança energética. Tampouco haverá segurança energética em um mundo conflagrado”.

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