Do Valor Brasília – O presidente falou sobre o assunto depois de visitar, nesta manhã, duas obras que visam melhorar o escoamento da produção brasileira: a Ferrovia Transnordestina, com 1.206 quilômetros que ligarão o sertão do Piauí ao porto de Pecém, no Ceará; e o Ramal do Salgado, obra de 36 km ligada à transposição do Rio São Francisco e que vai conectar Cachoeira dos Índios, na Paraíba, a Lavras de Mangabeira, no Ceará.

Apesar de ter adotado um forte viés ambiental neste terceiro mandato, Lula culpou justamente os entraves “ambientais” e de “desapropriação” para explicar os motivos de a obra não ter sido entregue até 2010, época em que ele encerrou suas primeiras passagens pelo Palácio do Planalto.

“Em toda reunião [sobre a transnordestina] surgia um problema, uma reunião era a questão ambiental, outra era a desapropriação. Era um verdadeiro inferno colocar essa ferrovia para funcionar”, criticou Lula.

Ainda assim, o presidente disse que a transnordestina é uma “obsessão” sua em razão de um pedido feito pelo ex-governador Miguel Arraes. “Essa obra [a transnordestina] foi um pedido do Miguel Arraes em 1989; então eu tenho uma obsessão de fazer essa ferrovia”, contou.

Por fim, Lula disse que está competindo contra “ele mesmo” para fazer um mandato melhor do que os seus dois primeiros. “Não voltei para a Presidência para fazer a mesma coisa que já fiz antes, vim para fazer melhor. Estou competindo comigo mesmo. Eu quero que esse país volte a ser otimista e feliz, como já foi”, concluiu.