PT – O presidente Lula assegurou, nesta quinta-feira (3), que adotará “todas as medidas cabíveis para defender as empresas e os trabalhadores brasileiros” do tarifaço do século ordenado pelo oligarca e presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, contra diversos países, incluindo o Brasil.

Lula argumentou que o protecionismo radical desejado por Trump não cabe no mundo de hoje e exigiu reciprocidade. “[O Brasil] não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a bandeira verde e amarela”, disparou o petista, durante o evento “Brasil Dando a Volta por Cima”, em Brasília.

Conforme nota conjunta divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), na quarta (2), medidas de reciprocidade podem ser anunciadas em breve.

O Itamaraty lamentou a decisão de Trump e detalhou que o governo brasileiro “buscará, em consulta com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos”, “à luz do impacto efetivo das medidas sobre as exportações brasileiras e em linha com seu tradicional apoio ao sistema multilateral de comércio”.

O chefe do MRE, chanceler Mauro Vieira, telefonou para o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, no mesmo dia da definição do tarifaço.

A nota conjunta destacou também a recente aprovação do Projeto de Lei da Reciprocidade Econômica pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. O PL 2088/2023, que autoriza o Poder Executivo a reagir ao destempero de Trump e de outros líderes autoritários, foi enviado à sanção presidencial.

O magnata republicano decidiu taxar em 10% todos os produtos brasileiros. Durante discurso marcadamente nacionalista à imprensa, na Casa Branca, ele disse que o protecionismo a que os EUA se propõem em seu segundo mandato trará de volta ao país as indústrias e os empregos. O Brasil, no entanto, está entre os menos afetados pelas tarifas.

Especialistas em comércio exterior ouvidos pela rede estatal britânica BBC poderaram que o governo Lula detém uma “arma poderosa” para pressionar Trump a sentar-se à mesa de negociações: retaliar os EUA nos setores de propriedade intelectual, como quebra de patentes e suspensão de royalties às companhias estadunidenses.

[Continua no site]

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