UOL – O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (24) que o presidente Lula rejeitou qualquer intenção de controlar os preços dos alimentos no Brasil. “Quem define [o preço] é o mercado”, afirmou o ministro.
O que aconteceu
A fala do presidente teria ocorrido durante reunião ministerial convocada para tratar de medidas para conter o preço dos alimentos.
“O presidente Lula afastou qualquer intervenção de preço, qualquer controle de preço, ele disse ‘não quero fiscal do Lula'”, afirmou Teixeira à Globo News. A menção faz referência ao “fiscal do Sarney”, medida tomada nos anos 1980 foi chamada a fiscalizar os preços nas gôndolas.
Teixeira disse, no entanto, que o governo fará sua parte para reduzir os preços.
“[Faremos] o que pudermos fazer para que o preço ao consumidor seja cada vez mais reduzido”, afirmou. “Vamos conversar com setores produtivos, como carne, soja, milho, aumentando o diálogo com esses setores.”
“Quem define preço não é o governo, é o mercado.”
— Paulo Teixeira, ministro
O ministro disse que o governo tentou conter a alta de preços financiando o produtor rural.
“Lançamos dois Planos Safra recordes, apoiando o agricultor na sua produção. Diminuímos juros ao pequeno e médio produtor”, disse.
“A nossa atenção maior para o pequeno e médio [produtor] é ter planos Safras cada vez maiores, aumentar o financiamento da safra (…) para aumentar a produção.”
— Paulo Teixeira
Culpa de Trump?
Teixeira relacionou o aumento de preço dos alimentos no Brasil à eleição do presidente americano Donald Trump.
“Depois que o Trump se elegeu nos EUA, o dólar subiu muito, e agora está baixando porque o câmbio interfere no preço dos produtos. Se o câmbio diminuir e se mantiver nessa curva descendente, vai ajudar muito na alimentação do povo e no preço dos alimentos”, afirmou.
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