Do DCM – O almirante Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha, criticou a decisão da Furg (Universidade Federal do Rio Grande) de cassar o título honoris causa do almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, ministro da Marinha durante o governo de João Baptista Figueiredo, último presidente da ditadura militar. Ele foi autor de “graves violações de direitos humanos” no período, segundo a Comissão Nacional da Verdade.

Em carta enviada à universidade, o comandante da Marinha afirma que Maximiano, morto nos anos 90, teve sua “vida inteiramente consagrada ao labor ligado à Pesquisa Oceânica” e ficou conhecido por sua “devoção à Ciência”. Ele ainda afirmou que a decisão da Furg é “enviesada” e causa “profundo desagrado para a Marinha do Brasil”.

O militar ainda diz que a instituição ignora “as contribuições de um homem honrado, progressista e com uma vida dedicada ao Brasil”. A Furg enviou uma carta de resposta a Olsen e afirmou que reconhece as “inquestionáveis e grandiosas contribuições ao nosso país” de Maximiano, mas alega que não pode ignorar as violações de direitos humanos.

A decisão da Furg ocorreu na semana passada. O Conselho Universitário da instituição ainda cassou os títulos dados ao ex-presdiente Emilio Garrastazu Médici e ao ex-ministro Golbery do Couto e Silva, que também atuaram na ditadura.

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