A melhora dos indicadores macroeconômicos levou o mercado financeiro a rever as projeções sobre uma eventual queda da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, e projetar que isso pode acontecer antes do previsto. Segundo o jornal O Globo, a expectativa do mercado financeiro é que a redução da taxa aconteça em agosto, em vez de apenas no quarto trimestre, como previsto inicialmente.
Ainda conforme a reportagem, o otimismo está atrelado à proposta do novo arcabouço fiscal proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além do “resultado da inflação de março, de 0,71%, abaixo do esperado pelos analistas, e o câmbio mais favorável, o que deve ajudar a conter os preços e o índice inflacionário. Ontem, o dólar fechou a R$ 4,92, menor patamar desde junho do ano passado”.
Um outro ponto que refletiu no otimismo dos analistas está nos preços dos alimentos, que devem cair em virtude da perspectiva de que o Brasil tenha uma safra recorde neste ano. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quinta-feira (13), o Brasil deve registar uma safra recorde de 299,7 milhões de toneladas, 36,5 milhões de toneladas a mais que em 2022, um incremento de 13,9%.
“No mês passado, a Tendências já havia revisto o cenário para os juros, prevendo que o início do corte seria em agosto, em vez de em novembro, e que a Selic encerraria o ano em 12,5%, ante estimativa anterior de 13%”, ressalta a reportagem.