Do saiba Mais – O vereador Milklei Leite (PV), candidato à vice-prefeito de Natália Bonavides (PT) à Prefeitura de Natal, diz que uma das tarefas do segundo turno é “ocupar cada esquina e cada campo da Zona Norte para poder virar voto” e mostrar que o outro campo político, representado por Paulinho Freire (União Brasil), “já está no passado” e “há muitos anos na política”. Ele também diz que, caso eleito, não será um “vice de fantoche”, mas atuante.

“Colocar essa tarefa de ter um vice na Zona Norte é importante para o crescimento e o avanço da Zona Norte”, diz Milklei, que é morador do bairro Nossa Senhora da Apresentação.

“É uma tarefa do programa eleitoral e de convencimento na rua, em cada canto, do campo progressista. Agora tem uma oportunidade única. Há 28 anos que o PT não ia para o segundo turno em Natal. Então, já demos o primeiro passo e agora é acordar a militância e todo mundo entender a tarefa principal, que a gente pode devolver ao povo de Natal o serviço público, que é omisso, que deixa as pessoas na exclusão, especialmente das periferias, como é o caso da Zona Norte”, enfatiza.

“Nós temos Bom Pastor, nós temos Guarapes, nós temos Planalto, nós temos Passo da Pátria, nós temos Felipe Camarão, vários locais que são esquecidos pelo poder público, inclusive a Zona Norte toda apagada”, diz o vice de Natália, citando também outras zonas da capital.

No primeiro turno, com 100% das seções totalizadas, Paulinho Freire (União Brasil) teve 44,08% dos votos válidos, contra 28,44% de Natália.

“A prefeitura está saqueando o nosso povo. O povo paga iluminação pública e não tem. Tem canto aí há seis meses, sete meses sem lâmpada. Então, [temos que] mostrar para o povo a realidade que nós estamos vivendo. Enquanto uma cratera aqui passa um ano aberta, como é o caso da Maranguape, por exemplo, uma das avenidas principais do bairro, já está aí há dez meses aberta, mas se fosse num bairro nobre da Zona Sul, perto da casa dele [prefeito Álvaro Dias], já estaria sido feito há muito tempo. Então, a discriminação é muito grande. Basta as pessoas entenderem isso, não se coagirem”, aponta.

Milklei diz que não será “vice de fantoche”

Antes de ser vereador, o candidato a vice de Natália trabalhou como motorista do transporte opcional por mais de 20 anos, ajudando a criar a Associação dos Trabalhadores no Transporte Opcional do RN (ASTOERN) em 2006, facilitando a organização e articulação desses profissionais.

Posteriormente, já com a intenção de reivindicar melhorias e assegurar direitos dos trabalhadores do transporte opcional, veio então a criação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Opcionais de Passageiros do RN (SINTROERN), o que possibilitou acordos coletivos e proporcionou sua participação no Conselho Municipal de Transporte.

“Eu conheço Natália não é de hoje. Nós fomos candidatos juntos em 2016, a minha primeira vez que eu fui candidato, e a primeira vez de Natália também. Nós nos conhecemos antes, em várias lutas sobre transporte público, então a gente já se encontrava nas lutas, ela lá no DCE, eu no transporte alternativo desde 1996, já lutava pela bilhetagem eletrônica para as pessoas terem direito a usar o transporte que quisessem. Enfim, foram muitas lutas e a gente já se encontrando. E aí apareceu a oportunidade e ela me fez um convite, nós conversamos muito, e coloquei alguns pontos em relação a isso. Em especial, os vices sempre ficam apagados, esquecidos, e ela disse para mim, inclusive em algumas entrevistas: ‘Milklei, meu vice não será um vice de fantoche, será um vice atuante, será um vice que vai realmente fazer as coisas acontecerem junto comigo, em sintonia e harmonia’, até mesmo porque a gente confia um no outro”, destaca, sobre a relação com a cabeça de chapa.

“Quando há um grupo que se une para ter o vice e um prefeito por oportunismo, para ter mais poder, é uma situação. No nosso caso, não. Nós somos de luta já de muitos anos e no campo da esquerda. A gente tem uma confiança mútua entre si, que a gente vai fazer com que tenhamos uma prefeita e um vice-prefeito atuantes, trabalhando em harmonia e fazendo com um papel de confiança. Quando ela tiver que viajar, faremos tudo em sintonia, nada feito sem sintonia, com o mesmo grupo. É um grupo só para trabalhar pelas pessoas, fazendo com que a política pública chegue lá na ponta. Eu entrei na política para fazer isso”, aponta Milklei Leite.

A busca por solucionar os problemas da capital também pesou na decisão de não tentar a reeleição a vereador e se candidatar a vice, afirma, citando casos como o do sorteio de vagas para as crianças nas creches e transbordamentos de lagoas de captação.

“Quando eu cheguei na Câmara, fui visto como o vereador das lagoas, porque eu acompanho esse problema das drenagens há muito tempo. Tenho dado a minha contribuição de dizer à prefeitura, mas ela nunca ouve a gente. [É um] prefeito autoritário, que não escuta ninguém. Os próprios vereadores não são ouvidos na Câmara. Então, a minha decisão foi de aceitar por conta de muitos problemas não resolvidos enquanto legislador, criando lei e aprovando, mas sem execução não adianta muito. É um trabalho que é dado por água abaixo. Então, essa decisão é para a gente trabalhar mesmo. E com a condição que eu coloquei na época de ter a vice-prefeitura na Zona Norte, para que a Zona Norte possa ser respeitada, ser também exaltada em trazer estrutura”.

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