Aos 15 anos, Júlia Rocha era uma adolescente que cursava o 2º ano do ensino médio em uma escola particular de Natal. Mas tudo iria mudar com a aprovação precoce no vestibular de 2020 para o curso de direito. A família precisou entrar na justiça para que ela pudesse concluir o ensino médio antes e iniciar a graduação.

Agora, com 19 anos e faltando praticamente um ano para terminar o curso, Júlia conseguiu outro feito: a aprovação no Exame de Ordem Unificado da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que teve resultado divulgado na quarta-feira (14).

A aprovação é pré-requisito para ingressar no quadro da OAB do Rio Grande do Norte e poder advogar. O exame pode ser feito por pessoas formadas em direito ou estudantes no último ano do curso de graduação.

“Sempre soube que queria fazer direito, pois sempre fui apaixonada e vivi, dentro de casa, o dia a dia da profissão. E o meu pai é servidor público do poder judiciário”, disse Julia.

Júlia hoje é estudante do 9º semestre (o penúltimo) de direito na UnP (Universidade Potiguar), em Natal, e tem formatura prevista para o fim de 2024.

Mas para conseguir antecipar a conclusão dos estudos no ensino médio e conseguir que Júlia entrasse na faculdade, a mãe dela, a advogada Naniely Rocha, entrou com um pedido de liminar na justiça, que autorizou a jovem a fazer o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), que só é aberto a pessoas com a partir de 18 anos.

Após ser aprovada no exame, ela teve direito ao certificado do ensino médio e pôde ser matriculada no curso superior de direito.

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