Do G1- O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne nesta sexta-feira (8) para tratar da tensão entre Venezuela e Guiana. E ciente da importância desse palco de debates internacionais de grandes potências, o Brasil já escolheu seu tom diplomático. A ideia é manter o pragmatismo.

Segundo diplomatas, o Brasil vai repetir o discurso usado na cúpula do Mercosul: a América Latina precisa ser uma zona de paz, e o bloco precisa agir coletivamente nesse sentido. Os países estão bem afinados nesse discurso e, segundo interlocutores, o “recado está dado”.

Os diplomatas lembram que há uma unidade política sobre o tema, a exemplo dos que ocorreu nesta quinta (7): países do Mercosul – além de Chile, Colômbia, Equador e Peru – assinaram um documento manifestando profunda preocupação com a elevação das tensões entre a Venezuela e a Guiana.

No último domingo (3), a Venezuela fez um referendo para anexar Essequibo, região controlada pela Guiana. Só metade dos eleitores votou e, entre esses, 95% escolheram incorporar a região ao mapa venezuelano.

O presidente Nicolás Maduro enviou um projeto de lei à Assembleia do país para executar o plano. Em resposta, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que vai acionar o Conselho de Segurança da ONU contra a medida.

Na quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram exercícios militares aéreos em conjunto com a Guiana.

A Venezuela criticou a operação. Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, disse que “essa infeliz provocação dos EUA em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo”.

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