Rapaz, não sei se Natália lê nosso blog, mas de um mês para cá vem fazendo justamente o que há meses dizíamos que deveria ser feito: dialogar expressa e publicamente com setores que não são tradicionalmente de esquerda.

E dizíamos isso por 3 motivos muito simples.

Primeiro, porque embora a militância seja de suma importância, não é suficiente para vencer uma eleição para prefeita de Natal.

Segundo, porque pela primeira vez em décadas, se utilizadas as estratégias corretas, a esquerda tem chances reais de vitória. Não é aceitável que, diante disso, contentemo-nos apenas em “lutar pelo segundo turno”.

Terceiro, porque, no comando da prefeitura, um progressista que dialoga e constitui alianças com setores democráticos que não são de esquerda tem muito mais condições de fazer pelos trabalhadores, minorias e movimentos sociais do que um esquerdista que, embora ortodoxo no discurso e nos atos, não tem “o poder da caneta”.

As vezes é preciso recuar para avançar.

Se Lula tivesse o mesmo discurso da década de 80, o PT não teria 5 mandatos presidenciais.

Porventura seria melhor um Lula “ortodoxo” na oposição com a direita no Planalto?

E a direita sabe. Por isso insiste em propagar que Natália é intransigente, fechada, “bolivariana”.

Por isso o bolsonarismo decadente de Natal está todo nervosinho e “vedado” com a reunião de Natália com vereadores do PSDB.

Porque sabe que uma Natalia que anda, dialoga com propriedade e sorri é quase imbatível.

É preciso que a militância mais “ortodoxa” entenda que o mundo é para quem nasceu para o conquistar, e não para quem acha que pode conquistá-lo.

É preciso que a militância entenda que além dos três motivos que citei acima, existe um quarto: o sorriso de Natália existe para fazer história.

Ao bolsonarismo decadente de Natal, restará tão somente o chá de camomila.