DCM – Nikolas Ferreira, Bruno Engler, Delegada Sheila e Coronel Cláudia, todos do PL, se tornaram réus após decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público que acusa o grupo de ter promovido uma campanha de desinformação contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), durante o segundo turno das eleições municipais de 2024. A ação pode tornar os quatro políticos inelegíveis caso haja condenação por órgão colegiado.
De acordo com o MP, os parlamentares bolsonaristas distorceram trechos do livro “Cobiça”, escrito por Fuad, para sugerir que o autor endossava abuso infantil. Os ataques foram amplamente divulgados nas redes sociais, especialmente por Nikolas, apontado como figura central por seu “alcance massivo”. O conteúdo também envolvia acusações falsas sobre suposta exposição de crianças a material impróprio em evento organizado pela prefeitura.
O MP também pede indenização por danos morais, a ser revertida a instituições de caridade, já que os familiares de Fuad Noman optaram por não receber compensação. A Justiça chegou a determinar a remoção das publicações ofensivas ainda durante o pleito. Nikolas Ferreira, por seu alcance nas redes sociais, é apontado como peça central na difusão da campanha de desinformação.
A Justiça Eleitoral já havia determinado a remoção das postagens durante a campanha. Agora, com o recebimento da denúncia, os réus podem ser punidos com suspensão de direitos políticos, o que inclui a inelegibilidade. O juiz Marcos Antônio da Silva destacou que os elementos apresentados permitem ampla defesa e que a acusação foi feita com base em fatos bem delimitados e contextualizados.
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