O bolsonarismo potiguar anda lulando com força.

Por causa da tal governabilidade, a mesma que fez o ex-presidente Jair Bolsonaro sentar no colo do Centrão, grupo que para ele era formado por deputado e senadores corruptos, o atual presidente Lula agora parece se entregar ao bolsonarismo.

Mais precisamente ao União Brasil, partido que surgiu da junção do PSL que elegeu Bolsonaro, com o DEM que sempre teve nojo do PT de Lula.

Mas…os dois juntos, com nome de União, podem até continuar com nojo do PT, mas se aliam ao presidente Lula, mais precisamente aos cargos que seu governo oferece em nome da tal governabilidade.

Porque partido adora um cargo.

Antigamente era o MDB.

Todo mundo dizia que nenhum presidente conseguia governar sem oferecer benesses ao partido mais fisiológico do Brasil. O MDB perdeu espaço, se dividiu, e o União que abrigou aqueles bolsonaristas que temiam ser chamados de bolsonaristas, adotou o título de maior fisiologista, desbancando o MDB.

E enquanto na radiografia do Congresso, o PT segue governista e o PL oposicionista, o União é o Centrão da vez. 
O cenário traçado no Congresso se reproduz no Rio Grande do Norte, onde já se fala em nomear bolsonarista raiz para um cargo bom e estratégico do governo Lula.

A Codevasf, que diante das muitas benesses repassadas diretamente a prefeitos e prefeituras, terá um representante potiguar com cara e jeito de Bolsonaro. Com cara e jeito de Rogério Marinho (PL), que comandou a empresa subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, ocupado por ele.

Sob o comando do União Brasil no RN, a Codevasf concluirá as promessas não cumpridas da gestão passada, passando o governo Lula a pagar as promessas do adversário.

Para a Codevasf no RN, o nome cotado é o de Ivan Júnior, ex-prefeito de Assú e vice do ex-candidato a governador Fábio Dantas, na chapa que representava Jair Bolsonaro no Estado.

Filiado ao União, Ivan foi anunciado por José Agripino, presidente do União, como integrante da chapa bolsonarista, que batia com força e com vontade no então candidato Lula. Basta voltar os vídeos de campanha.

Com o governo Lula abrindo pernas, braços e coração para os bolsonaristas, só o que se vê é o ex-senador José Agripino nas salas dos ministros de Lula. Pode até dizer que são ministros do União, mas se o presidente é Lula, eles são ministros de Lula.

Afinando um discurso com Lula, Agripino segue dando alfinetadas na governadora Fátima Bezerra. E fazendo a leitura do momento atual, a impressão que dá é que Agripino, como presidente do União, é mais poderoso junto ao governo Lula do que os esquerdistas que apoiaram o atual presidente.

Como entender que o ex-deputado Rafael Motta, do PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, que apoiou Lula escancaradamente, sequer é apontado como indicado para algum cargo, e Ivan Júnior, que bateu com força em Lula, Fátima e todos os petistas, está na fila do gargarejo para conseguir um cargo?

Há quem diga que nos pauzinhos mexidos, Ivan não vai para a Codevasf, mas um aliado irá, sob indicação do deputado rogerista/bolsonarista/agripinista, Benes Leocádio.

Se não ‘acordar pra Jesus’, o PT do RN vai perder para Agripino, para Rogério Marinho, e para todos os bolsonaristas.

Tudo sob as bençãos…de Lula.

Blog da Thaísa Galvão

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