Do Agora RN – O deputado federal Fernando Mineiro (PT) destacou o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) como um “novo ciclo de desenvolvimento” para o Rio Grande do Norte e para o Brasil. A declaração do parlamentar foi dada após uma coletiva de imprensa realizada pelo Governo do RN nesta segunda-feira 14, subsequente à apresentação do Novo PAC pelo governo Lula, na última sexta-feira 11, durante um evento no Rio de Janeiro.
O Novo PAC está destinado a investir mais de R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, por meio de uma colaboração entre o governo federal, estados, municípios, setor privado e movimentos sociais.
Os investimentos planejados no Novo PAC são divididos da seguinte maneira: R$ 371 bilhões a partir do Orçamento Geral da União (OGU), R$ 343 bilhões das empresas estatais, R$ 362 bilhões de financiamentos e R$ 612 bilhões do setor privado.
No contexto do Rio Grande do Norte, esses investimentos totalizam R$ 45,1 bilhões e serão destinados a várias áreas, incluindo segurança hídrica, infraestrutura, saúde, moradia, inclusão digital e conectividade.
Os principais projetos de interesse do governo do Estado estão agrupados em seis eixos. São eles:
Duplicação da BR-304;
Ramal do Apodi da Transposição, Projeto Seridó e Barragem Oiticica;
Construção de novo hospital de Urgências e Emergências em Trauma e Neurocirurgia na Grande Natal;
Porto-Indústria Verde;
Minha Casa Minha Vida;
Infovia Potiguar.
“Acho que a iniciativa do PAC, o impacto que esse Programa de Aceleração do Crescimento terá no Rio Grande do Norte será fundamental, que é a retomada da ativação da economia, é dinheiro que vai chegar na ponta, que vai gerar um outro ciclo de desenvolvimento, não só do Brasil, mas do Rio Grande do Norte”, declarou Fernando Mineiro ao AGORA RN após a coletiva do governo nesta segunda-feira.
O parlamentar classifica as ações como “fundamentais” para o desenvolvimento do Estado e prevê uma “boa perspectiva” à medida que os investimentos forem sendo concretizados em território potiguar.
Conforme divulgou o governo estadual, ao todo são mais de 400 projetos e medidas institucionais no RN agregadas ao PAC. Entre as ações estão previstas, por exemplo, obras de saneamento básico, mobilidade urbana, infraestrutura hídrica e rodoviária, construção de creches, escolas e moradias, inclusão digital e energias renováveis.
“Você pega aí a BR-304, a conclusão da Transposição de São Francisco, o Ramal Norte; você pega a conclusão da Reta Tabajara; você pega uma questão fundamental que é o sistema Seridó, que é a conexão, a integração de todas as águas da região do Seridó; a conclusão de Oiticica; o Minha Casa Minha Vida, que está retomando, ou seja, é dinheiro na economia, uma boa perspectiva”, acrescentou Mineiro.
O parlamentar avaliou ainda que o presidente Lula tem tomado as medidas necessárias para preparar o país para um novo ciclo de desenvolvimento a partir do Novo PAC. “Esse é o esforço que o governo federal tem feito, que é bem traduzido no slogan ‘União e Reconstrução’”, destaca.
Para a deputada federal Natália Bonavides (PT), a importância do Novo PAC é que ele levará desenvolvimento aos estados e municípios. Em relação ao Rio Grande do Norte, ela destacou a relevância dos projetos e afirmou ter participado, ao lado da governadora Fátima Bezerra (PT), da escolha das iniciativas.
“Nós sabemos que esses projetos vão impactar profundamente a vida do povo potiguar. Estamos falando de moradia digna, com o Minha Casa Minha Vida; além das obras na BR-304; a barragem de Oiticica, que já tá em 93%; o Porto-Indústria Verde; o Hospital de Trauma e Neurocirurgia Parnamirim; são cerca de R$ 45,1 bi investidos no RN”, destaca a parlamentar.
“Esse novo programa, reformulado, vem trazer mais emprego, renda e desenvolvimento para o nosso Rio Grande do Norte e para todo o Brasil”, reitera Bonavides.
Novo PAC: Oposição faz ressalvas em programa federal
Questionado sobre as obras previstas para o RN no âmbito do Novo PAC, o deputado federal General Girão (PL) afirmou que a obra que caracterizou o PAC dos governos passados do PT no RN foi a duplicação do Terminal Salineiro de Areia Branca, equipamento que hoje é administrado por um consórcio de empresas privadas.
Segundo ele, essa obra realizada no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) apresentou uma série de problemas, o que deixou inutilizada a parte que foi ampliada durante o PAC.
“A obra foi inutilizada porque usaram a tecnologia errada. Talvez preocupado com outras coisas e não com o final da obra. O sal que era colocado lá voltava para o mar porque quando a maré enchia, a água subia e voltava toda para o mar. Um absurdo que até hoje não foi corrigido”, critica o parlamentar Bolsonarista.
Girão lembra que durante a gestão do almirante Elis Treidler Öberg à frente da Companhia Docas do RN (Codern), antiga administradora do terminal de Areia Branca, a empresa que realizou a ampliação foi chamada para resolver o problema, mas se recusou a dar andamento ao conserto.
“Então, apesar de ter sido o valor menor dentre os estados do Nordeste, eu espero que as futuras obras que vierem do PAC, desse novo PAC, possam ser feitas da forma correta. Que seja cobrada a presteza, a eficácia e a eficiência do serviço, porque esse da Areia Branca foram mais de R$ 220 milhões jogados fora”, lamenta o deputado.
Já o também bolsonarista Sargento Gonçalves (PL) afirma que tem orado a Deus para que as obras prometidas sejam iniciadas e concluídas pelo governo Lula. O deputado destacou a duplicação da BR-304 e a construção do Hospital de Traumas na região metropolitana como ações importantes para infraestrutura e saúde pública do RN.
Ele também ressaltou a importância da finalização do Ramal do Apodi e da Barragem de Oiticica para garantir segurança hídrica para o Rio Grande do Norte.
“Sobre estas duas últimas, vale ressaltar que são obras que já se encontram bem adiantadas e com aportes assegurados desde o governo do presidente Jair Bolsonaro, em especial a Barragem de Oiticica, que já não foi concluída devido ao atraso da contrapartida do governo do RN”, declara Gonçalves.