Quem me acompanha sabe que, para mim, o principal adversário da esquerda em 2024 não será a direita, e sim o centrão.

De fato, após as diversas acusações em seu desfavor, o Messias Inelegível perdeu consideravelmente a força política. Aliado a isso, a direita feito “bosta n’água”: Lula não perseguiu cristãos, não transformou o Brasil em Venezuela, nem espalhou “mamadeiras piroka” nas escolas públicas do pais.

O centrão, por outro lado, em razão da “governabilidade”, tem amplo acesso aos governos federal e estadual, sem ser afetado pela rejeição que ainda existe à sigla petista e à esquerda em grande parcela da população. Tem acesso ao “bom”, sem ser afetado “pelo ruim” de “ser governo”.

Com isso, o Centrão já vem tomando espaço da direta nos locais de debate e nas diversas conjunturas municipais, tanto na capital quanto no interior.

Inicialmente, isso é bom para a esquerda, ver a ruína política dos seguidores do Messias Inelegível.

Por outro lado, pode não ser tão bom se o centrão se tornar tão forte em 2024 que tenha condições de tomar o governo em 2026.

Ou, ainda, embora não o tome, nele esteja tão presente que impossibilite eventual governo estadual de esquerda de agir sem que tenha que lhe pedir a benção.

A eleição de 2024 pode ser o termômetro para 2026.

Torço para que a esquerda, feliz com a merecida ruína do bolsonarismo raiz, não seja negligente com o iminente crescimento dos “aliados” do centrão, que estão salivando por um pedaço maior do bolo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ao clicar no botão ACEITAR, O usuário manifesta conhecer e aceitar a navegação com utilização de cookies, a política de privacidade e os termos de uso do BLOG DEBATE POTIGUAR, moldada conforme a LGPD.