Caíque Lima/DCM – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirma que o projeto de lei que anistia os envolvidos no ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília tem como objetivo “beneficiar os mentores” da trama golpista. Na visão do magistrado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu pelo plano, seria um dos perdoados pelo texto.

“A minha experiência política, nesses anos todos, revela que esse projeto só tem impulso com o objetivo de beneficiar os mentores. Veja que a sua própria nascença e impulsionamento estão associados à conclusão das investigações e ao oferecimento da denúncia nesse processo”, afirmou o ministro em entrevista ao jornal O Globo.

O decano da Corte cita o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes, e aponta que não é possível “minimizar” a gravidade da trama golpista.

“Imaginemos que eles tivessem tentado ou exercido parte desta execução. Onde estaríamos hoje? Certamente nos culpando de não termos nos prevenido. É algo de profunda gravidade”, prossegue. Ele aponta que a recusa em aceitar o resultado das eleições de 2022 já dava sinais de como Bolsonaro e seu partido, o PL, queriam “encerrar o ciclo democrático”.

Gilmar acredita que a Corte não vai revisar os julgamentos dos golpistas, mas pode “haver a análise de situações individualizadas que justifiquem a progressão, que já está prevista na legislação, ou a aplicação de prisão domiciliar”.

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