Segundo a pesquisa SETA realizada na última semana em Natal, Natália Bonavides permanece em segundo e, portanto, segue na briga.
Conforme o cenário estimulado 1, que fundamentou as análises dos artigos anteriores, 26,1% dos entrevistados disseram que votam branco/nulo/ninguém, e 6,5% disseram que não sabiam ou não responderam.
Somados, atingem pontuação maior do que o primeiro colocado, Carlos Eduardo, com 30,6%, o que indica que o cenário do levantamento ainda pode se modificar, e muito.
Compreendo que, para Natália, seja mais fácil conquistar votos desses setores, e até daqueles que pensam em votar no próprio Carlos Eduardo, do que conquistar os que pensam em votar nos candidatos de centro-direita e direita.
Mas, ainda assim, é preciso um discurso “amplificado”, capaz de encontrar eco tanto nos que estão decepcionados com a política (26,1%), quanto nos que a ela são indiferentes (6,5%).
Sim, um discurso mais amplo, porque os eleitores que estão inseridos nessas categorias provavelmente não são de esquerda, já que quem o é sabe da importância que há na participação no processo eleitoral.
Para vencer, portanto, Natália precisa atingir a maioria dos eleitores que não são de esquerda.
Precisa fazer o que nenhum outro candidato de esquerda conseguiu fazer nas eleições municipais de Natal nas últimas décadas.
Ela precisa fazer história.
Mas isso, a bem da verdade, ela está acostumada a fazer.