Do Diário do Centro do Mundo – A Polícia Federal (PF), em colaboração com o FBI, obteve uma série de e-mails entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a Precision Watches, a loja onde ilegalmente o Rolex do ex-capitão foi recomprado, de acordo com informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Na troca de mensagens, Cid discute o pagamento em espécie e é alertado sobre a necessidade de assinar um documento devido à transação ultrapassar US$ 10 mil. Ele indica que o comprador seria o advogado Frederick Wassef.

Esses e-mails contradizem a declaração anterior de Wassef. Em agosto, o advogado de Bolsonaro admitiu ter ido aos Estados Unidos para recuperar o Rolex presenteado ao ex-presidente, mas negou qualquer orientação de Cid para a operação.

Wassef exibiu um recibo de US$ 49 mil como prova da recompra, revelando que o Rolex foi ilegalmente comercializado nos EUA por Mauro Cid. Sendo um presente de Estado, sua venda era proibida.

O relógio de luxo da marca Rolex foi um presente de autoridades sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial do então presidente da República em 2019 à Arábia Saudita e ao Catar.

A análise do celular de Mauro Cid pela PF também revelou um rascunho de mensagem para alguém identificado como Chase Leonard, o mesmo nome registrado no recibo do relógio adquirido por Wassef.

Em sua delação premiada, Cid afirmou que a venda ilegal do Rolex foi por ordem direta de Bolsonaro, alegando descontentamento do ex-mandatário com gastos em condenações judiciais, multas de motociatas, custos da mudança do Palácio do Alvorada e transporte de presentes.

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