Anseio diariamente por narrativas difíceis de desmascarar, estratégias de comunicação da direita com mentiras quase imperceptíveis, lideranças carismáticas que não tenham pontos fracos visíveis.
Anseio pela existência de uma “guerra de discursos difícil”, até o momento decepcionantemente inexistente.
Diante da inexistente dificuldade, gosto dos que estão na seara dos “menos fáceis de desconstruir”, por terem uma estratégia um pouco mais complexa, sobretudo quando comparada àquela previsivelmente analógica utilizada pela direita rogerista.
Nesse grupo de menos fáceis estão os dois da imagem acima, com estilos diferentes, mas ambos eficazes para os fins aos quais se propõem.
No caso específico do Faustino, a esquerda costuma odiá-lo, mas eu gosto, justamente por essa camada (embora fina) de complexidade: linguagem rápida, provocação, cortes, utilização da nova dinâmica das redes e (meu preferido) ataques pontuais à direita como estratégia de posicionamento (este é o “diferencial” do MBL).
Mas, se ele é bom para calibrarmos as presas, é péssimo para a direita analógica rogerista, a qual, embora nos bastidores o trate como “bobo da corte”, publicamente começou a “dar corda” a GADIno.
Veja o que fez, por exemplo, o jovem analógico Robson Carvalho, endossando a proposta de Faustino quanto a uma absurda “CPI do MLB”. Robson vai ser engolido nas redes pelo jovem de corte de cabelo brega.
Se Styvenson e Rogério não se cuidarem, perderão muitos espaços para os dois da foto acima em pouco tempo.
E eu quero mais que isso ocorra.
Quem sabe assim passa a ter graça.