DCM – Centenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital holandesa neste domingo (5) exigindo que o governo dos Países Baixos adote uma postura mais firme contra o genocídio de Israel em Gaza.

De acordo com os organizadores, cerca de 250 mil pessoas participaram da marcha — número confirmado pela polícia local.

O protesto, batizado de “Marcha da Linha Vermelha”, percorreu cerca de 6 quilômetros a partir da Praça Museumplein, sob chuva e com bandeiras da Palestina tremulando entre os gritos de “Palestina livre, Palestina livre!” e cartazes com frases como “Israel, vergonha!” e “Não seremos livres até que Gaza seja livre”.

Os organizadores da PAX Holanda, grupo que promoveu o ato, afirmaram que o governo holandês “não está fazendo o suficiente para impedir os crimes de guerra cometidos por Israel” e cobraram ações concretas das autoridades — a menos de um mês das eleições gerais no país, marcadas para 29 de outubro.

“Esperamos que um cessar-fogo real ocorra muito em breve e que as pessoas sejam protegidas, recebam ajuda humanitária e possam estar seguras. Mas também tememos que Israel não esteja comprometido em acabar com o genocídio”, declarou Rolien Sasse, diretora da PAX, à Reuters.

Governo holandês endurece posição
Desde o último grande protesto, realizado em Haia em maio, o governo dos Países Baixos vem mudando gradualmente sua postura em relação a Israel.

Em julho, o país impôs sanções a dois ministros de extrema direita do gabinete israelense, acusando-os de incitar violência contra palestinos e de defender a “limpeza étnica” de Gaza.

Em setembro, o governo holandês anunciou planos para proibir a importação de produtos fabricados em assentamentos israelenses ilegais na Cisjordânia e declarou apoio à proposta da Comissão Europeia de suspender benefícios comerciais previstos em acordos entre a União Europeia e Israel.

Por outro lado, o líder do maior partido no Parlamento, o ultradireitista Geert Wilders, continua sendo um dos mais ferrenhos defensores de Israel, mantendo um discurso de apoio irrestrito ao governo de Benjamin Netanyahu.

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