Por @silverioalvesfilho

“Daí a césar o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21) e “Meu Reino não é deste mundo (Jo 18,36) são dois trechos da bíblia por meio dos quais Jesus deixa claro a separação entre Seu Reino e os Reinos da Terra, entre a compreensão espiritual e a compreensão da carne.

O conflito entre Israel e Hamas pode ser analisado sob as duas perspectivas: sob parâmetros morais, jurídicos e bélicos dos homens (“dai a César”); sob os parâmetros do Evangelho (“Dai a Deus”).

Há uns dias, gravei um vídeo refletindo sobre qual possivelmente seria a postura de Jesus em relação à guerra Israel/Hamas.

A análise do video, que você pode conferir na aba “reels” do nosso perfil no Instagram, teve como único parâmetro o espiritual, assim como este artigo.

Sob a perspetiva do Evangelho (“Dai a Deus”), não consigo ver como um cristão pode defender a continuação de uma guerra que já vitimou mais de 700 crianças segundo a Unicef.

Independentemente de quem esteja certo ou errado, não vejo como Cristo defenderia uma situação dessas.

Se alguém sabe como fundamentar no Evangelho a continuação de barbárie dessas, por favor, coloque nos comentários abaixo.

Tenho essa duvida sincera. Porque eu não conheço trechos capazes de refutar aqueles segundo os quais são “bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt,5,9), e “quem vive pela espada morre pela espada” (Mt 26,52).

Mais do que isso, não conheço nenhum trecho capaz de refutar aquele no qual Cristo sentenciou: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas” (Mt 19,14).

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