247 – Relatórios preliminares de inteligência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) de 2019 – início do governo Bolsonaro – revelam ligação entre os militares e garimpeiros alvos de operações do órgão na Terra Indígina ianomâmi. Documentos aos quais a Folha de S. Paulo teve acesso mostram que os garimpeiros tinham até parentes entre os militares do Sétimo Batalhão de Infantaria da Selva, responsável pelas operações. null
De acordo com a reportagem, esse parentes infiltrados no Exército “vazavam informações sobre operações de combate à atividade ilegal e permitiam a circulação de ouro ou drogas mediante pagamento de propina”.
Os relatórios foram elaborados âmbito da 5ª fase da operação Ágata, “executada no segundo semestre daquele ano para a criação de uma barreira de controle no baixo rio Mucajaí (a oeste da capital Boa Vista)”. Os documentos “trazem entrevistas com pessoas encontradas durante as ações, mas não chegam a aprofundar a apuração dos fatos narrados”, destaca a reportagem.
Questionados sobre as providências que foram tomadas diante das evidências dos relatórios, Funai e Ministério da Defesa não responderam.
O Exército afirmou, por meio de sua assessoria, que tal demanda não lhe compete.
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