Alisson Almeida/Saiba Mais – Um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de liderar a trama golpista com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula (PT), o senador potiguar Rogério Marinho (PL) admitiu que a obstrução do Congresso Nacional era uma “posição radical”.
Ele, no entanto, justificou que a medida era necessária para pressionar o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) a pautar a votação do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Parlamentares bolsonaristas ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, na terça-feira (5), em protesto contra a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao determinar a medida, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal da trama golpista no STF, afirmou que o ex-presidente descumpriu sistematicamente as medidas cautelares impostas a ele, como o impedimento de usar as redes sociais de terceiros.
A decretação da prisão domiciliar se deu após a divulgação de um discurso de Bolsonaro nas redes sociais para manifestantes que participavam de um ato pró-anistia no último domingo (3) no Rio de Janeiro (RJ).
O vídeo com o discurso foi publicado, mas posteriormente apagado, nas redes sociais pelo filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, afirmou o ministro em trecho da decisão.
Rogério diz que bolsonaristas só desobstruirão Congresso Nacional quando anistia for pautada
Em coletiva de imprensa em frente a rampa do Congresso Nacional, Rogério Marinho afirmou que os bolsonaristas só cessariam a obstrução se os projetos de interesse deles fossem colocados em votação.
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