A governadora nem comenta a pré-candidatura de Fábio Dantas ao Governo do Estado. Pudera, o candidato do Solidariedade sequer possui o apoio da oposição. O PSDB está dentro das estruturas do governo, nem oposição é. Ezequiel e Álvaro, suas grandes lideranças, ou apoiarão Fátima ou ficarão neutros, para não atrapalhar a reeleição. Bolsonaristas raiz já disseram que Fábio não os representa. Rogério Marinho apoia, mas não a ponto de se afundar junto. Fábio está só.
Palmas para a condução do chefe da Casa Civil, Raimundo Alves. Recebeu uma missão e cumpriu: aniquilou a oposição.
No PT, a revolta da militância com os acordos e a forma cupulista em que se deram extravasa os muros partidários. Mas o que fez o partido para se fazer ouvir no processo? À exceção de Natália Bonavides e Isolda Dantas, as lideranças petistas se omitiram do debate.
Há muitos líderes petistas jogando pra plateia, dizendo aos militantes que não apoia a política de alianças nem a condução de Raimundo Alves. Contudo, nos momentos cruciais, se calam e seguem a líder, preocupados em manter boas relações dentro do governo.
Fátima fez o seu dever, garantiu a reeleição. A oposição falhou, não tem projeto nem nome. Os setores à esquerda do bloco governista insinuaram não apoiar a condução dada pela governadora, mas ficaram nisso, em jogar a culpa pros outros e seguir em frente.
Nisso tudo, só Fátima merece credibilidade. Disse o que faria e fez. Arcou com o ônus de sua estratégia com coragem. Enquanto isso, muitos se esconderam debaixo de sua saia e ficaram calados.