Moisés Mendes /DCM – Magistrados também são misericordiosos. Alexandre de Moraes poderia abreviar o calvário de Bolsonaro e retirá-lo do meio em que vive. Para livrá-lo dos que o desrespeitam e o atacam como um leão velho e fraco.
Seria o grande gesto de misericórdia do ministro. Mandar prender logo Bolsonaro e imobilizá-lo, sem contatos pela internet com o filho que o agride e o chama de ingrato do caralho e com o pastor que deveria ser seu orientador espiritual e também o trata com desprezo.
Moraes poderia fazer com que até alguns grupos de bolsonaristas revisassem a imagem que têm dele. É só ter um gesto de grandeza e determinar que Bolsonaro deve ser afastado de ex-aliados que são hoje seus algozes.
Malafaia é um deles. É quase um personagem bíblico enviando mensagens para o pai para falar mal do filho. Bolsonaro foi obrigado a ouvir do seu pastor que o filho que diz buscar proteção do maior gângster mundial é na verdade um babaca.
E que, se ele continuar sendo babaca, o pastor grava um vídeo e arrebenta com Eduardo. Malafaia avisa Bolsonaro que irá destruir o filho dele, por não seguir a sabedoria do pastor.
Bolsonaro sofre. Sabe que Lula preso foi protegido por afetos e gestos políticos com vastos significados. E que ele, preso em casa e com tornozeleira, foi cercado por gangues e facções do Centrão e da extrema direita e tratado como um moribundo.
Sabe, até por informação do filho Carluxo, que ratos disputam seu espólio. Que Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Gilberto Kassab, Ratinho, Caiado, Zema e Tarcísio são as suas companhias, todas inconfiáveis.
São interlocutores e visitas inconvenientes. Como o seu candidato a governador do Rio Grande do Sul, o Coronel Zucco, que iria presenteá-lo com um churrasco de picanha, quando tudo o que o visitado queria era canja de galinha. Michelle o enxotou da casa.
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