O Potiguar – Na semana que encerra, Rogério Marinho deu um verdadeiro piti em entrevista ao canal fechado Globo News. Acostumado com a garapa das bancadas controladas de Natal, em que ele não é provocado a falar sobre temas indigestos, se viu sem saída diante de perguntas banais.

A jornalista Andreia Sadi o desmentiu em duas versões falsas contadas por ele. Primeiro, que o Supremo Tribunal Federal julga o ex-presidente Jair Bolsonaro retira-lo da eleição. Ele já está inelegível. E, segundo, que a alteração no foro privilegiado ocorreu para atrapalhar Bolsonaro. Não foi, nem de longe, simplista assim. Pronto. Ele saiu do sério.

Sou do tempo em que políticos eram apertados ao máximo. Aliás, como deve ser. Afinal, eles querem liderar a vida de milhões de brasileiros. Devem, portanto, ser perguntados sobre tudo. É do jogo e a maioria sabe se sair bem.

Marinho está sempre dando entrevistas. Só que sem nunca ser efetivamente questionado de modo mais frontal. E, quando inventa falsas teses bolsonaristas, não é contraditado. Na prática, terminou mal acostumado.

Acredito que o problema não se restringe só a ele. Outros estão na mesmíssima situação – preguiçosos e dados ao conforto do silêncio, o que não combina com a carreira política.

Perde a imprensa, inclusive em sua capacidade de expressão de poder. Perde o potiguar que elege candidatos que não foram objetivamente testados durante as suas incursões em debates públicos.

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