Para saber minha opinião sobre a greve de servidores das instituições federais, conferir artigo anterior publicado hoje.

Neste, não falarei sobre o mérito da greve em si, mas sobre os seus impactos para a comunicação política progressista.

E não tá fácil.

A blogueiragem bolsonarista potiguar está se esbaldando, colocando progressistas contra progressistas e lucrando financeira e politicamente com isso.
Do outro lado, os blogs progressistas patinam e não conseguem fornecer um discurso capaz de tratar a greve como algo positivo ou, pelo menos, não tão negativo para os projetos políticos de esquerda de 2024 (e até 2026).

Estamos sendo engolidos no debate público num ano crucial de eleições municipais e, para piorar, os blogs progressistas tiveram um “surto de imparcialidade” e vêm postando uma quantidade incomum de notícias que afetam de modo negativo, ainda que indiretamente, os governos federal e estadual.

O quanto essa conjuntura vai prejudicar a esquerda nas eleições de outubro ainda são imprevisíveis, ante a imprevisibilidade quanto à solução da controvérsia.

Porém, tais fatos servem pelo menos para atestar, mais uma vez, que já passou da hora de a esquerda pensar em estratégias de comunicação atuais e eleitoralmente combativas, para além da cada vez menos carismática comunicação progressista tradicional.

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