A atuação de Rafael Motta nas redes sociais é diferenciada. Ele e sua equipe conhecem a dinâmica das redes, das “trends”, sabem como criar conexão com os seguidores.

Ontem o assunto das redes era a entrevista do ainda Presidente Jair Bolsonaro. Jair, que também conhece da dinâmica das redes, escreveu em sua mão críticas que gostaria de mostrar ao povo, por meio do JN, mas contra a vontade do JN. Isso engaja, é verdade.

Do outro lado, Anitta, que conhece mais ainda a dinâmica das redes, fez uma montagem em cima da mão de Bolsonaro, colocando, no lugar das críticas, os números de Lula para presidente e Molon para Senador, deixando propositalmente em aberto o voto para Governo do RJ.

Como o número de Molon é o mesmo de Rafael, e como Rafael vota em Lula, ele aproveitou o print de Anitta para gerar conexão e entrar na “trend”.

Mas a questão não para por aí. No print de Anitta, reproduzido por Rafael, o voto de Governo está em aberto. Seria uma mensagem para Fátima, embora Rafael tenha dito antes que votaria nela?

Eu acho que sim. Mas não há como comprovar, na medida em que Rafael apenas reproduziu um print de Anitta. Não partiu da equipe dele a montagem que deixou em aberto a questão do Governo.

E por isso a jogada é muito inteligente: não se dá para saber ao certo se houve, ou não, uma mensagem direta para Fátima. A possibilidade de ter havido gera o engajamento, mas sem gerar o desgaste da certeza de ter havido.

O que se sabe com certeza, porém, é que Rafael cresce e, se ganhar, fará história.