Hoje me peguei lendo o blog do BG (Bolsonarista Giovanni).

Lá, dentre tantas notícias em apoio ao presidente, uma, em particular, chamou-me atenção: “FOTOS: Médicos lotam evento em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, em Natal”.

Esse tipo de notícia, inicialmente, causou-me estranheza: como médicos poderiam fazer evento “lotado” em apoio a um presidente que desdenhou de uma pandemia? Pandemia que matou centenas de milhares de pessoas no Brasil?

Como, se o presidente, de modo intencional, defendeu procedimentos sabidamente ineficazes contra a doença e retardou a aquisição de vacinas?

Não encaixava.

Até eu ver a frase no fundo, na parede, em letras garrafais: LEALDADE A BOLSONARO.

Uma luz brilhou em minha mente: ali não era um evento voltado para propostas de saúde, mas um evento de elite.

Não víamos roupas brancas, mas camisas da seleção de futebol, apropriadas politicamente pelo Bolsonarismo.

Nos termos da frase ao fundo, uma lealdade não à saude, mas ao líder político.

Não há como se desconsiderar que socialmente os médicos, em regra, fazem parte da elite, tanto pela condição financeira, quanto pelo status.

A esta conclusão cheguei, após a reflexão inicial: foi um evento político mais de elite do que de profissionais da saúde.

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