A 5 meses das eleições, Lula e Bolsonaro tiveram ontem o que podemos chamar de um teste de popularidade. Em todo o país, foram convocados atos por ocasião do 1º de maio; de um lado mobilizados pelos apoiadores do presidente, do outro pelos movimentos sociais ligados ao PT.

Do lado bolsonarista, longe de repetir as massivas manifestações de outrora, repetiu-se neste Dia do Trabalhador o baixo comparecimento, sinal de que apenas os bolsonaristas mais convictos estão se mobilizando.

Já nas fileiras da esquerda, o cenário que se repete o mesmo desde os primórdios da gestão de Bolsonaro: atos marcados pela presença da militância, sem envolver setores mais amplos da sociedade. A exceção no período foram os atos contra os cortes de verbas do MEC para o ensino público federal, ainda antes da pandemia.

O sinal mais claro dos protestos de 1º de maio é que as duas principais forças que disputam a direção do país no momento, bolsonarismo e lulismo, encontram dificuldades para sair da bolha e falar ao conjunto da sociedade, que segue apática diante da ausência de debates sobre os caminhos para superar os altos índices de desemprego e a escalada inflacionária.

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