Em entrevista à TV 247, o economista Eduardo Moreira criticou a forma como, segundo ele, o país naturalizou a compra de votos promovida por Jair Bolsonaro (PL) nos últimos meses por meio de medidas eleitoreiras, como o aumento do Auxílio Brasil e a concessão de outros auxílios econômicos.
“As pessoas (dos veículos de comunicação) comentam com a maior naturalidade que ‘integrantes do governo, em off, têm falado que estão muito frustrados com o efeito do Auxílio Brasil nas intenções de voto’. Então é escancarado. Foi uma compra de votos de mais de R$ 50 bilhões. A gente queimou uma empresa, que é uma das principais empresas para o país, a Eletrobrás, queimamos em três meses o que recebemos com ela”, disse.
Eduardo também questionou o momento da implementação de tais benefícios, visto que a população já passava por uma situação de fragilidade econômica há mais tempo e Bolsonaro apenas concedeu tais auxílios a dois meses da eleição: “por exemplo, disseram ‘dá R$ 2 mil para os taxistas’, mas por quê? É para comprar voto, é só por isso, não tem outra explicação. Se fosse por causa da situação difícil que estávamos vivendo, teria sido oito meses atrás. Por que não foi oito meses atrás? Por que não daqui a quatro meses? É compra de voto. Naturalizou-se isso.”