Luciano Hang, o empresário proprietário das lojas Havan, foi à coletiva de imprensa organizada pelo Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, no final da manhã deste sábado (24), pedir desculpas pelo tumultuo que causou ao mentir sobre uma falsa proibição de inauguração de uma unidade da Havan em Natal.

“Da minha parte, o ato mais importante é pedir desculpas. Desculpa pelo que aconteceu. Desde o princípio da manhã eu tinha falado com o Comandante para que a gente preservasse meu cliente e meus colabores disso tudo que aconteceu. Fomos pro embate e coloquei meu posicionamento… não vamos entrar mais em polêmica, tá tudo resolvido… vamos olhar pra frente”, desconversou.

Com público aguardando a abertura da loja, funcionários a postos de verde amarelo e trio elétrico com a presença de políticos, entre eles, o prefeito da capital potiguar, Álvaro Dias (PSDB), Hang discursou aos quatro ventos que a inauguração da loja não iria mais acontecer por causa de uma proibição do Corpo de Bombeiros.

A informação foi negada pelo Comando Geral da instituição. Apesar das três páginas do relatório técnico que apontam pendências em relação a uma série de normas, a direção da Havan foi “orientada” a não fazer a inauguração, mas em nenhum momento houve “proibição”.

Luciano Hang já tinha acesso a todas essas informações quando decidiu fazer da não inauguração um palanque político. Ao final da coletiva, o empresário ainda falou em “bom senso” para resolver o problema e deu um abraço no Comandante do Corpo de Bombeiros a quem, momentos antes, havia criticado pela “proibição”.

Antes mesmo da entrevista coletiva, o Cel. Monteiro, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte, já havia feito uma declaração sobre o tumultuo causado por Hang e aliados.

“Venho repudiar as declarações do empresário proprietário da Havan colocando na narrativa dele como se o Corpo de Bombeiros Militar fosse uma instituição de governo. Quero colocar que o Corpo de Bombeiros Militar, em todo o Brasil, são instituições de estado e, entre suas missões, está fazer com que se cumpram as normas de proteção contra incêndio e controle de pânico, que são para todos os cidadãos, seja ele de posicionamento político de direita, esquerda ou centro. A norma é para que todos cumpram”, asseverou Monteiro.

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