Jean Paul nunca quis sair do PT. Tem enorme gratidão pelo partido e sua militância. Contudo, foi preterido no processo de negociações para a formação da chapa governista, cuja prioridade legítima é a reeleição de Fátima. Mas precisamos convir em algo: se a prioridade dada à reeleição de Fátima é legítima, a intenção de Jean em disputar a cadeira no Senado que hoje lhe pertence também é.

Como se resolve uma equação dessas? Seria muito difícil para o PT bancar uma chapa com as duas cabeças – Senado e Governo – indicadas pelo partido. Naturalmente Jean teria de ser sacrificado no processo. E não faltou disposição do senador em fazer sacrifícios. Mas por motivos que só podemos especular aconteceu que Jean foi atropelado pelo processo, sem lhe restar uma saída viável.

Contudo, aliado à vontade de Jean, um outro fator pode pesar para a sua permanência no PT: Lula. O ex-presidente entrou em campo nesta semana e pediu a interlocutores que conversassem com Jean, lhe dissessem de sua importância como grande conhecedor de políticas públicas, sobretudo na área energética. Pediu que o convencessem a ficar no PT.

O que tudo indica é que Jean se sensibilizou pelos apelos e ficará no PT, mesmo não tendo nenhuma garantia de que será candidato. Seria uma grande vitória para o partido no estado.

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