Uma reportagem publicada nesta sexta-feira (17) pela jornalista Bela Megale, do diário conservador carioca O Globo, traz a informação de que membros do governo federal já tratam abertamente da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazer algum tipo de peripécia ilegal que provoque a suspensão das eleições de outubro.

O chefe do Executivo estaria num momento “raivoso”, dizendo a todos que será reeleito porque é isso que sente quando cumpre suas agendas de campanha (antecipada e ilegal). Ele sente que o povo está com ele, ainda que todas as pesquisas de intenção de votos apontem para a erosão de sua imagem e para uma vitória massacrante do ex-presidente Lula (PT), possivelmente em primeiro turno.

A desculpa, segundo esses integrantes do alto escalão que não quiseram (e não puderam) se identificar para a jornalista, é de que, ao perceber que a derrota é iminente e inevitável, Bolsonaro acentuará o discurso de que o sistema é falho, passível de fraude e que “só aceita eleições limpas”. Para isso, dizem, ele acredita em apoio total das Forças Armadas para promover uma ruptura institucional, eufemismo usado para se referir ao desejado golpe de Estado que o radical almeja desde o primeiro dia de mandato.

Os interlocutores dizem ainda que perceberam na atitude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de acatar, mesmo que tardiamente, algumas das recomendações dos militares em relação à segurança das urnas eletrônicas como forma de baixar a fervura e deixar os generais satisfeitos, fazendo com que eles esvaziem qualquer argumento do presidente sobre a lisura da disputa.

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