O deputado estadual José Michael Lucena Diniz (Solidariedade), que tomou posse há cerca de uma semana na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e em um de seus primeiros discursos afirmou repudiar e desprezar a comunidade LGBT, não é o único na família envolvido com política e polêmica. O pai dele, Manuel Diniz, foi vereador da cidade de Parnamirim durante quatro mandatos e em julho de 2021 foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a devolver R$ 62.369,72 à Câmara do município.

De acordo com publicação no Diário Eletrônico do TCE do dia 20 de julho de 2021, Manuel Diniz foi condenado a ressarcir o erário público por uso irregular da verba de gabinete. Foram devolvidos R$33.936,88 em razão da ausência de comprovação da destinação de combustível adquirido com a verba de gabinete; mais R$14.032,84 pelo indevido pagamento de refeições também com verba de gabinete; e outros R$14.400,00 pela irregularidade na destinação de verba de gabinete para divulgação e publicidade.

Apesar de ter vencido quatro eleições para a Câmara de Vereadores de Parnamirim, Manuel perdeu o pleito em 2020, quando tentou renovar o mandato pelo Cidadania. Na época, ele obteve 1.245 votos.

Natural de Campina Grande, Manuel Diniz tem ensino médio completo, bens declarados no valor de R$ 195 mil e planejava lançar o filho para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do RN em 2018. O plano acabou dando certo. Apesar de ter ficado na suplência, José Michael Lucena Diniz tomou posse nesse último dia 15 de junho e deve permanecer no cargo por quatro meses, período da licença do deputado estadual Kelps Lima (SD), que justificou cuidados com a saúde e pré-campanha para o afastamento.

Michael Diniz tem 27 anos, é dono de postos de combustíveis em Parnamirim, se autodeclara monarquista, soldado de Bolsonaro e minimiza o racismo, apesar de ser negro.

Mirella Lopes / Saiba Mais Jornal