Logo após o primeiro turno, o senador eleito Rogério Marinho convocou todos os prefeitos que o apoiaram para uma reunião num hotel em Natal.

O intuito era pressionar os líderes municipais para apoiarem o presidente, sob o argumento de que as obras do governo federal diminuiriam nos municípios se não o fizessem.

O problema é que os prefeitos sabiam que apoiar Bolsonaro era desgastante.

O povo queria votar em Lula, tanto que Lula ganhou em todos os municípios do estado, exceto Parnamirim.

Apoiar Bolsonaro era pedir para perder no município e correr o risco de um líder oposicionista se apropriar politicamente da votação de Lula, fazendo o povo esquecer da boa votação que os prefeitos tinha dado aos seus deputados no primeiro turno.

E Rogério sabia de tudo isso. Mas insistiu. Melhor prejudicar os prefeitos do que não agradar o presidente.

Como resultado, os chefes municipais mais bolsonaristas e menos pragmáticos, como os de Ceará-Mirim, Bom Jesus e Ielmo Marinho, sofreram forte desgaste.

Um desgaste que poderia ter sido evitado, especialmente para aqueles que disputarão a reeleição daqui a 2 anos.

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