Ainda hoje as expressões culturais afro ou indígenas ou não possuem espaço ou não estão bem representadas, afinal a população indígena ainda é perseguida e ainda existem pessoas que se fantasiam de população originária de uma forma estereotipada em festas como o carnaval além do genocídio e apagamento desta população, já no caso das expressões afro que ainda são também reprimidas existe uma imagem comercial e uma apropriação que transforma estas pessoas em algo comercial, faz parte da fantasia com pessoas racializadas no Brasil.

Exu, entidade e/ou espírito iorubá presente nas religiões afro-brasileiras, foi o tema do samba enredo da escola campeã pela primeira vez, em Sapucaí, a Grande Rio. Esta entidade é uma das principais demonizada e perseguidas no Brasil, em algumas vertentes, pode ser considerado o orixá mais humano. A escola celebrou a vitória: ‘Um cala boca na intolerância religiosa”.

Recentemente aconteceu também o baile da Vogue evento comparado Met Gala, que tem como foco a moda, este ano o tema era brasilidade como meio de comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna de 22.

Muitos artistas e personalidades se reuniram nesse evento de elite, com suas roupas feitas por designers, a maioria de fora do país e com uma falta de representação estética que contemplasse o tema.

Personalidades como Thelma Assis e o ator Babu Santana representaram bem o tema ao se apropriarem de símbolos em imagem sem referência as religiões afro-brasileiras em seus looks trazendos a um ambiente bem diferente do Carnaval,  que é acessível para população geral. Telma usou um referencial a Oxum considerada o orixá mãe e rainha das águas, tem em si presente a força, sabedoria e poder feminino. Já Babu usou em sua roupa a referência a Zé Pilintra entidade afro-brasileira que age com bondade e humildade e alegria, um malandro da noite.

Em antemão a tudo isso, ainda esse ano houveram casos de intolerância religiosa e ataques racistas a vereadora Denny Briolly de Niterói, esta que já havia sido perseguida anteriormente.
Durante a sessão para a votação do projeto de lei 09/2022, sobre trazer para o parlamento e para cidade Maria Mulambo com uma data simbólica, assim como várias outras cristãs que tem espaço em um Estado Laico.


“Maria Mulambo foi uma das rainhas mais ricas dos impérios que já existiram e mesmo assim viveu para ajudar o próximo.”

“Seguiremos na luta para enfrentar aqueles que ousam marginalizar a nossa fé e colocar nossa religião como algo ruim” Declarou a vereadora.

O que nos leva a refletir se a política é um espaço seguro para expressões de afro-brasilidade já que uma representação foi oprimida e vaiada em mais um evento de racismo religioso.

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