Ontem, sexta-feira santa, o MTST publicou uma imagem de Jesus Crucificado, com três soldados romanos exclamando “bandido bom é bandido morto”.

O colega blogueiro Gustavo Destemperado Negreiros apreçou-se para criticar a publicação. Texto dele abaixo:

“A imagem divulgada pela turma do MTST comparando Jesus Cristo a um bandido (veja aqui) foi o assunto da sexta-feira.

Engraçado que não se viu a turma do PT e da esquerda ir às redes sociais fazer qualquer comentário seja aprovando ou desaprovando.

Qual será a opinião de Fátima Bezerra, da patricinha Bolivariana Natália Bonavides, do violento Mineiro, da estridente Isolda e do apático Chico do PT a respeito disso?”, questionou o destemperado.

Mesmo não sendo nenhum dos destinatários acima, sendo católico e de esquerda, respondo ao questionamento.

Cristo foi, sim, morto como se fosse um bandido, crucificado entre ladroes, conforme relatam os Evangelhos (Marcos 15, 27-47; Lc 22,39).

Para o sistema político e jurídico que o condenou, Ele era um criminoso.

Os três homens da imagem são soldados romanos, agentes militares do Estado, que, conforme a escritura, de fato zombaram de Jesus (Lc 23, 36).

Sim, Cristo foi morto injustamente por um sistema político opressor.

Ele, que defendia que as ovelhas perdidas não deveriam ser exterminadas, mas resgatadas pela Misericórdia de Deus.

Ele, que concedeu a absolvição eterna ao ladrão arrependido crucificado ao seu lado (Lc 23,43).

A comparação crítica do MTST possui, portanto, razoabilidade, na medida em que Jesus não defenderia a “máquina de moer pobre” do sistema penal brasileiro, exaltada pela direita.

Por fim, esclareço apenas que discordo em parte do estilo da publicação do MTST, por priorizar na figura do Cristo o seu aspecto político.

Como católico, acredito que, a despeito das circunstâncias políticas, a principal motivação da crucificação foi o cumprimento das profecias messiânicas, a fim de que tivéssemos a possibilidade de salvação pela Graça.