Redação

O Debate Potiguar inicia hoje uma série de análises sobre o cenário eleitoral do Rio Grande do Norte. Com o quadro ainda bastante indefinido, cabe abordar os diversos aspectos envolvidos separadamente. Nesse primeiro momento vamos nos concentrar em discutir as possibilidades que vêm sendo especuladas e arquitetadas nos meios políticos e através da imprensa acerca da formação das chapas para a disputa do Executivo Estadual.

Com a única certeza de que a governadora Fátima disputará a reeleição, o grande enigma das eleições estaduais está na formação da chapa de oposição, na qual o ministro Rogério Marinho se firmou como nome ao Senado.

Para o Governo, através da imprensa estão sendo ensaiados alguns cenários.

O cenário predileto da oposição é aquele que vem circulando pela imprensa e pelos gabinetes da Assembleia Legislativa e que se conformaria na chapa Ezequiel governador, com Walter Alves na vice e Rogério para o Senado. Esta foi a pauta das reuniões que ocorreram nesta semana entre deputados ligados a Ezequiel, com a importante participação do presidente da Câmara de Vereadores Paulinho Freire.

Conversando com alguns dos envolvidos, constatamos que essa movimentação tem duas bases centrais: a dificuldade de alguns aliados de Ezequiel em subir no palanque da governadora e a necessidade de formar chapas fortes para as eleições proporcionais, que desde já adiantamos que serão das mais concorridas e acirradas de nossa história política.

Agravaria a situação o que um dos interlocutores de chamou de “soberba do governo”. “Não houve transparência e diálogo”, disse sob condição de anonimato, “e isso irritou muita gente. Como o prazo para filiações partidárias se encerra neste mês [nota: na verdade, dia 1º de abril], os deputados se sentiram ameaçados e escanteados.”

Fátima, cujo bom governo a põe em condições de favoritismo para a eleição, sabe que tem condições de vencer já no primeiro turno. Para tanto, contudo, precisa ser assertiva nas negociações e evitar uma candidatura de Ezequiel, que fatalmente levaria ao segundo turno. Nisso ela pode ter a ajuda de deputados da própria base do presidente da Assembleia e dos cálculos políticos deste. Isso porque na formação da chapa estarão também em disputa, além da vice e do Senado, a perspectivas de composição de um futuro governo e sua viabilidade (governabilidade) bem como a presidência da Assembleia e outros espaços de decisão decisivos.

Vamos analisar ponto a ponto do complexo xadrez eleitoral em nossa série de matérias que serão publicadas até o dia 1º de abril, quando se encerra o prazo para filiação daqueles que pretendem disputar as eleições de outubro.

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